domingo, 11 de dezembro de 2011

Enfermeiros vão para home care

Outro segmento que vem apostando nesse nicho é o da enfermagem. Segundo o presidente do Conselho de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), Cláudio Alves Porto, são 300 empresas hoje somente no Estado de São Paulo que fazem o serviço de assistência domiciliar, as chamadas "home care".

Porto afirma haver uma dificuldade para encontrar profissionais com capacitação ideal e defende que mais enfermeiros façam cursos de pós-graduação e pós-técnico em Geriatria para preparar-se para a mudança no perfil demográfico.

"O nosso País está ficando velho, e a taxa de nascimento está caindo. Mas as faculdade e as escolas não estão ainda preparando os profissionais para lidar com as doenças da velhice", afirma o presidente do Coren de São Paulo.

Ele ressalta que uma consequência da falta de qualidade dos profissionais é a proliferação de asilos. "Vamos ter cada vez mais depósitos de idosos, que são os asilos completamente despreparados, que se aproveitam da demanda."

Saúde. Funcionária de empresa de home care, Tânia Almeida, de 31 anos, é uma das dezenas de enfermeiras que se destacam com seus uniformes brancos nas manhãs do Parque Buenos Aires, em Higienópolis. Ela afirma que deixou de ser babá porque sonhava migrar para a área da saúde. Fez então o curso de técnico de Enfermagem. "As famílias hoje preferem quem tem registro no Coren", diz. Atualmente, cuida de um senhor de 86 anos, mas não quer ficar na empresa para sempre: quer dar novos passos e trabalhar em um hospital.

PRESTE ATENÇÃO

1.Tipo de cuidador.Um profissional de enfermagem é recomendável aos que têm a saúde debilitada.

2.Experiência. Pessoas com experiência de cuidar de um idoso na família podem ser mais aptas. Solicite referências.

3.Antecedentes criminais. É também importante pedir esse documento para o candidato.

4.Acompanhamento. Converse com o idoso para certificar-se de que ele se adapta ao cuidador.

Campanha contra sarampo entra na reta final e vacina 8 milhões

Campanha contra sarampo entra na reta final e vacina 8 milhões


O SUS (Sistema Único de Saúde) vacinou, até manhã desta sexta-feira (15), 8.601.423 crianças contra o sarampo, em oito estados, o que corresponde a uma cobertura de 83,89% da população estimada de crianças com idade de um a menores de sete anos. A campanha de vacinação de seguimento foi iniciada em 18 de junho e vai até 22 de julho nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A meta é proteger no mínimo 95% dos 10.253.073 de crianças nesta faixa etária, nestes oito estados, mesmo as que já tenham sido vacinadas.
A Europa vivencia um surto da doença. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), desde janeiro, foram registrados mais de 6,5 mil casos na Europa – sendo 5 mil na França. Com as férias de julho, aumenta tanto o fluxo de turistas estrangeiros no Brasil quanto a ida de brasileiros para o exterior. Para evitar a circulação do vírus no país, foi antecipada a campanha de vacinação nesses oito estados. O critério levou em conta o fluxo turístico, densidade populacional e baixa cobertura da vacina tríplice viral.
“A vacina é segura e eficaz. Os responsáveis devem levar as crianças aos postos para garantir a proteção contra a doença. Embora no Brasil não haja circulação nacional do vírus, ele pode ser trazido por pessoas vindas de outras regiões onde a doença está presente”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Nos municípios dos demais estados brasileiros e no Distrito Federal, as crianças de 1 ano a menores de 7 anos vão receber a vacina contra sarampo de 13 de agosto a 16 de setembro.
O sarampo é uma doença aguda, altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca, exantema (manchas avermelhadas), coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. O período de transmissão varia de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após o surgimento das manchas. A vacina é o meio mais eficaz de prevenção.
O estado de Minas Gerais está mais próximo do cumprimento da meta mínima de 95% de cobertura vacinal, com 1.481.002doses aplicadas, o que corresponde a 93,71% das crianças de um a menores de sete anos desta UF. Ainda de acordo com os dados inseridos no sistema, a menor cobertura vacinal é no estado do Rio de Janeiro, com 828.275 doses aplicadas, o equivalente a 67,01% de cobertura.

Veja abaixo a tabela com o desempenho de cada estado:

ESTADO
META
DOSES
COBERTURA
AL
335.015
286.435
85,50
BA
1.324.102
1.054.402
79,63
CE
791.360
574.021
72,54
PE
841.379
712.709
84,71
MG
1.580.409
1.481.002
93,71
RJ
1.235.980
828.275
67,01
SP
3.339.134
3.018.387
90,39
RS
805.694
646.192
80,20
TOTAL
10.253.073
8.601.423
83,89