segunda-feira, 25 de abril de 2011

Enfermagem em Dermatologia

          

          A dermatologia como especialidade medica é uma das mais antigas em nosso país, tendo já ultrapassado um século de existência e acumulado ao longo desse período um corpo próprio de conhecimentos e práticas, a enfermagem em dermatologia muito mais recente como especialidade, teve inicio no final dos anos 1970 e inicio dos anos 1980, em uma fase de transição e busca de novos modelos de assistência, buscando construir suas práticas e seus saberes resgatando os pressupostos de universalidade e integralidade, num contexto de multiprofissionalidade, interdisciplinaridade, compreendendo a pele como um órgão que influencia e é influenciado por todo o contexto individual e que requer uma abordagem multidimensional (MANDELBAUM, 2004).
As definições de beleza e saúde alteram-se com o passar dos anos, da moda, da ciência, da tecnologia, fica apenas a certeza de que a área da dermatologia é um espaço crescente, principalmente, e em especial, para o enfermeiro, e precisa ser ocupado. Carente de informações, de cuidado e de assistência, a população brasileira também pode contar com a assistência de enfermagem nesta área. O enfermeiro em dermatologia, para assumir esta tarefa, tem muito a aprender e tem que se organizar. Com este ideal, foi criada a sociedade brasileira de enfermagem em dermatologia, fruto do esforço dos profissionais deste setor, de instituições e empresas que sempre apoiaram as atividades do grupo de enfermagem em dermatologia (LINA MONETTA, 2000).
Em outubro de 1994 inicia-se a formação do grupo que hoje é uma associação. O então GEDE – Grupo de Estudos em Dermatologia com apenas algumas profissionais enfermeiras que prestavam cuidados a pacientes com lesões de pele interessadas no intercâmbio de experiências, em ampliar a integração entre as instituições de saúde e de ensino, e no desenvolvimento de pesquisas.
Em 1997 a necessidade de comunicação expande,  surge o primeiro informativo do grupo com objetivo de divulgar as atividades desenvolvidas, artigos científicos e entrevistas. Ainda em 1997 o grupo foi convidado a unir-se ao DNA (Dermatology Nurses Association). Tamanho sucesso trouxe a necessidade da profissionalização e neste mesmo ano no  congresso brasileiro de enfermagem, em Belo Horizonte, enfermeiros de todo o país reuniram-se para formar a SOBENDE. Em 1998 o GEDE institucionalizado, torna-se a Sociedade Brasileira de Enfermagem em Dermatologia, desde então os avanços são constantes:
1999 – Pelle Sana – Revista especializada originada dentro da SOBENDE; reuniões cientificas; 1º Simpósio Internacional de Enfermagem em Dermatologia.
2000 – Participação da SOBENDE na DNA, Fórum Internacional”Avaliação e Diagnóstico de Enfermagem em Dermatologia” na UNIFESP.
2001 – 1º DERMACAMP, 1º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Dermatologia paralelo ao IV Congresso Brasileiro  de Estomaterapia; Curso de Extensão em Enfermagem Dermatológica Aplicada ao Envelhecimento.
2002 – Reuniões cientificas fora de São Paulo; Prova de Titulação em Enfermagem em Dermatologia; Participação e parceria na Campanha de prevenção contra o câncer de pele; Simpósio Paulista de Enfermgem em Dermatologia.
2003 – Participação nos Congressos da ABESE e da NURSING; 3º DERMACAMP.
2004 – Participação no 1º Curso de Especialização em Enfermagem em Dermatologia na UNIFESP; Participação no Congresso da Nursing; 4º DERMACAMP.
2005 – Participação nos Congressos da ABESE e da NURSING; 5º DERMACAMP.
2006 – Inicio do Projeto Cicatriz e Ação; Boletim cientifico; Participação no Congresso da Nursing; 6º DERMACAMP.
2007 – II Congresso Brasileiro em Enfermagem em Dermatologia; 2º Concurso de Titulação de Especialista em Enfermagem em Dermatologia; Participação no 2º Curso de Especialização em Enfermagem em Dermatologia na UNIFESP; Participação em Congressos Internacionais – Comunicações (Escócia, Holanda, Argentina);Participação no Congresso da Nursing; 7º DERMACAMP.
2008 – III Congresso Brasileiro em Enfermagem em Dermatologia; 8º DERMACAMP.
2009 – Parceria da SOBENDE com a SBD - sociedade Brasileira de Dermatologia na promoção da Campanha de Prevenção contra o Câncer de Pele.
2010 – I Seminário Regional do Vale do Paraíba
http://www.sobende.org.br/imagens/transparente.gif

Enfermagem em Clínica Cirurgica



Preparo pré-operatório
O preparo pré-operatório tem inicio com a internação estendendo-se até o momento da cirurgia.

Objetivo
Levar o paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, para garantir-lhe menores possibilidades de complicações.Cada paciente deve ser tratado e encarado individualmente.
Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório poderá ser feito em alguns dias ou ate mesmo em minutos. A s cirurgias que exigem um rápido preparo são as cirurgias de emergência estas devem ser realizadas sem perda de tempo a fim de salvar a vida do paciente.

Preparo psicológico
Tem como objetivo assegurar confiança e tranqüilidade mental ao paciente.
A internação para o paciente pode significar reclusão, afastamento dos familiares e o paciente podem ficar ansioso e cheio de temores.O trabalho, a vida diária do paciente é momentaneamente paralisados e o desconhecimento do tratamento a que será submetido, tudo isso gera stress, insegurança, desassossego e medo.
Estes estados psicológicos quando não reconhecidos e atendidos  pode levar o paciente a apresentar vômitos, náuseas, dor de cabeça, não cooperando para a recuperação pós-cirurgicas, levando-o a complicação respiratórias, agitação e outros problemas.
Para auxiliar o paciente a enfermagem deve ser calma, otimista, compreensiva, e saiba como desenvolver confiança.
Inteirados da aflição do paciente a enfermeira chefe deve ser notificada para que tome a melhor medida.
Muitas vezes o paciente tem medo da morte, durante ou após a cirurgia, tem medo de não acordar da anestesia, tem medo de perder qualquer parte do corpo ou de sentir dor durante a cirurgia.
Dependendo da necessidade, a enfermeira solicitara a presença do cirurgião ou anestesista para esclarecer o paciente.
Portanto a enfermagem, embora solicitando outros profissionais para atender o paciente em suas necessidades psicológicas, é principalmente a pessoa que ouve, compreende, ampara e conforta.

Preparo físico:

É dividido em três etapas:
1 - inicial
2 - na véspera da cirurgia
3 - no dia da cirurgia

1. Preparo inicial é quando o paciente vai ser submetido a exames laboratoriais (exames pré-operatórios), que vão assegurar a viabilidade ou não da cirurgia.
Nesta fase, a atuação da enfermagem no preparo se relaciona:
-  Ao preparo do paciente, explicando os procedimentos a serem realizados.
-  A coleta e encaminhamento dos materiais para exames.
-  A manutenção do jejum quando necessário.
-  A aplicação de medicamentos, soro e sangue.
-  A realização de controles.
-  Sinais vitais.
-  Diurese.
-  Observação de sinais e sintomas.
-  Anotação na papeleta.

2. Preparo físico na véspera da cirurgia tem por objetivo remover toda a fonte de infecção, através da limpeza e desinfecção conseguida com um mínimo de esgotamento do paciente.
Essa segunda etapa se processa assim:
-  Verificar lista de cirurgia quais os pacientes que serão operados, nome da cirurgia, horário, se há pedido de sangue, preparos especiais ou de rotina.
-  Providenciar material e colher a amostra de sangue para tipagem sanguínea.
-  Observar sintomas como tosse, coriza, febre, variação de p.a e outros.
Proceder à limpeza e preparar a pele para cirurgia da seguinte forma:
-  Tricotomia da região a ser operada, bem ampla.
-  Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa.
-  Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e mãos) para poder observar a coloração durante a cirurgia.
-  Mandar barbear os homens.
-  Dieta leve no jantar.
-  Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a prescrição medica.
-  Jejum após o jantar, orientar o paciente.
-  Promover ambiente tranqüilo e repousante.

3. Preparo físico no dia da cirurgia.
-  Verifica se o jejum continua sendo mantido.
-  Verificar se todos os cuidados da véspera foram feitos.
-  Remover maquiagem, próteses e jóias.As jóias e próteses serão enroladas e guardadas conforme rotina do local.
-  Controlar pulso, temperatura, respiração e P.A.
-  Urinar meia hora antes da cirurgia.
-  Aplicar a medicação pré-anestésica seguindo prescrição medica e geralmente é feito de 30 á 45 minutos da cirurgia.
-  Checar a medicação pré-anestésica dada.Ela acalma o paciente.
-  Fazer anotação na papeleta.
-  Ajudar o paciente a passar da cama a maca.
-  Levar a maca com o paciente até o centro cirúrgico, juntamente com o prontuário.
-  Qualquer cuidado não efetuado deve ser comunicado ao centro cirúrgico.

Preparo da unidade do paciente e atendimento pós-operatório

Introdução
os cuidados de enfermagem no pós-operatório são aqueles realizados após a cirurgia ate a alta.
Visam ajudar o recém operado a normalizar suas funções com conforto e da forma mais rápida e segura.
Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para receber o paciente internado.
Observação: nos hospitais que possuem no centro cirúrgica sala de recuperação, pós-anestésica, recebem os pacientes nestes locais imediatamente após a cirurgia dando-lhes assistência até a normalização de reflexos e sinais vitais.
Só posteriormente esse paciente é encaminhado a unidade onde estão internados.
Cuidados no preparo da unidade visa equipa-la para o recebimento do paciente operado, a fim de proporcionar-lhe conforto, segurança e rápido atendimento.Esse preparo é feito após o encaminhamento do paciente para a s.o.

Cuidados
-  Promoção da limpeza e ordem de todo o ambiente.
-  Arrumação da cama “tipo operado”.
-  Limpeza e arrumação da mesa de cabeceira.
-  Trazer suporte de soro e coloca-lo ao lado da cama.
-  Deixar oxigênio com equipamento completo.

Atendimento de enfermagem no pós-operatório

Ao receber o paciente no quarto.
-  Transporta-lo da maca para a cama com o auxilio de outros funcionários.
-  Manter a cama em posição horizontal.
-  Cobri-lo e agasalha-lo de acordo com a necessidade.
-  Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico.Se foi feita a anestesia raque deixar o paciente sem travesseiro e sem levantar pelo o menos 12 horas.
-  Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada para o lado.
-  Observar o gotejamento do soro e sangue.
-  Observar estado geral e nível de consciência.
-  Verificar o curativo colocado no local operado, se esta seco ou com sangue.
-  Restringi-lo no leito com grades para evitar que caia.
-  Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou sondas.
-  Observar sintomas como:palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações respiratórias e circulatórias.
-  Controlar, pulso, temperatura, respiração e pressão arterial.
-  Fazer anotação na papeleta.
-  Ler a prescrição medica, providenciando para que seja feita.
-  Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente.

Nas horas em seguida:
-  Ao recuperar totalmente a consciência avisa-lo do lugar onde esta e que esta passando bem.
-  Periodicamente, controlar sinais vitais e funcionamento de soro e sondas.
-  Promover comodidade no leito.
-  Medica-lo para dor, quando necessário.
-  Movimenta-lo no leito, de decúbito.
-  Verificar e estimular a aceitação da dieta

Enfermagem em Saúde do Idoso

O envelhecimento como um processo irreversível a que todos estamos sujeitos deve ser melhor compreendido principalmente numa época, em que nosso país arca com um crescente número da população de idosos, e que junto a isto possui uma sociedade despreparada praticamente em todas as suas esferas para lidar com esta realidade (RAMOS, 1995). 
O Brasil vem passando atualmente por uma grande mudança no seu perfil demográfico com um incremento intensivo do número tanto absoluto como relativo de idosos. Este quadro se deve a uma crescente queda de fecundidade, ocorrida concomitantemente com o aumento da expectativa de vida. (VERAS, 1994 ).
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) evidenciam que, segundo RAMOS (1995), em 2025 o Brasil terá a sexta população de idosos do globo. Esta realidade acarretará um grande problema social, uma vez que esta população vive, em sua maioria, em situação financeira precária, o que levará a uma cadeia de problemas com repercussões sobre a qualidade da assistência a saúde agravando as deficiências atuais nesta área.
É necessário que a sociedade considere e aceite o idoso como pessoa, porém sem desconhecer suas necessidades distintas, que devem ser atendidas. Pois o que geralmente se observa é a visão do idoso apenas como alguém improdutivo e doente a espera da morte. Este conceito deve mudar pois, conforme previsões, teremos em 2025 uma população de 15% de idosos, o que corresponderá a aproximadamente 33.882 pessoas com mais de 60 anos (VERAS, 1994) .
A população idosa forma uma faixa etária mais sujeita a problemas de saúde, com isso pode-se esperar um aumento intenso de enfermidades crônicas todas elas com baixa letalidade e alto grau de incapacitação produzindo, assim, onerosos gastos numa área já tão carente de recursos (VERAS, 1994).
Diante destes fatos fica claro a necessidade de uma maior atenção a esta população em franca expansão, e desassistida. É de elevada urgência que se iniciem programas que voltem sua atenção a estes idosos, que tem diversas vezes suas necessidades e problemas pouco conhecidos tanto pelo público em geral quanto pelos profissionais de saúde. 
Na formação do pessoal de enfermagem deve-se investir amplamente no preparo para a assistência aos idosos, já que são geralmente portadores de diversos distúrbios psico-sócio-econômicos, constituindo-se clientes mais complexos, que exigem do enfermeiro mais tempo para a prestação dos cuidados. Os idosos costumam ser portadores de múltiplas enfermidades, tendo uma média de aproximadamente 3,7 diagnósticos por idoso ( MONTEIRO, 1989).
A Enfermagem Gerontológica, conforme Guntyer e Estes ( apud PEREZ, 1993 ) abrange os conhecimentos específicos de enfermagem acrescidos daqueles relacionados ao processo do envelhecimento, sendo o campo da Enfermagem que se especializa na assistência ao idoso. A equipe de enfermagem deve zelar para que o idoso consiga aumentar os hábitos saudáveis, diminuir e compensar as limitações inerentes da idade, confortar-se com a angústia e debilidade da velhice, incluindo o processo de morte.
Deve ainda a enfermeira atuar estimulando o autocuidado, atuando na prevenção e não-complicação das doenças inevitáveis, individualizando o cuidado a partir do princípio de que cada idoso vai apresentar um grau diferente de dependência, diferindo assim a maneira de assistência. Considerando os fatos relatados, mostra-se necessária e urgente a divulgação e discussão das diferenças que o aumento da população idosa acarretará na sociedade como um todo, principalmente na área da saúde, salientando-se o novo papel dos idosos em nossa sociedade, para que tanto os profissinais quanto a população em geral possam atender de maneira satisfatória novas demandas.
É nossa proposta desenvolver dentro do Departamento de Enfermagem do Hospital Virtual Brasileiro a sub-especialidade de Enfermagem em Saúde do Idoso que conterá informações destinadas a profissionais de enfermagem, especialistas ou não, e pessoas leigas usuárias da Internet.

Enfermagem em Clínica Médica



O que é a Clínica Médica?
 

É um setor hospitalar onde acontece o atendimento integral do indivíduo com idade superior a 12 anos que se encontra em estado crítico ou semi-crítico, que não são provenientes de tratamento cirúrgico e ainda àqueles que estão hemodinamicamente estáveis, neste setor é prestada assistência integral de enfermagem aos pacientes de média complexidade.
 

O papel da
 Enfermagem em Clínica Médica

É propiciar a recuperação dos pacientes para que alcancem o melhor estado de saúde física, mental e emocional possível, e de conservar o sentimento de bem-estar espiritual e social dos mesmos, sempre envolvendo e capacitando-os para o auto cuidado juntamente com os seus familiares, prevenindo doenças e danos, visando a recuperação dentro do menor tempo possível ou proporcionar apoio e conforto aos pacientes em processo de morrer e aos seus familiares, respeitando as suas crenças e valores. Realizar também todos os cuidados pertinentes aos profissionais de enfermagem.
 

Inter-relação com outras clínicas
 

Por ser um setor onde temos pacientes com as mais diversas doenças, este setor tem uma ligação direta com a maioria dos setores do hospital, como:
 
? Unidade de Terapia Intensiva (UTI);
 
? Unidade de Hemodiálise;
 
? Banco de Sangue;
 
? Pronto-Socorro;
 
? Entre outros.
 

Enfermagem em Saúde Coletiva




O Sistema Único de Saúde, implementado a partir de 1990 no Brasil, determinou reformulações em todas as áreas que compõem o setor. Há um constante repensar sobre os modelos assistenciais e a cada dia novas propostas exigem uma revisão e reformulações na formação dos recursos humanos. É necessário oferecer subsídios para os profissionais de saúde para que eles possam acompanhar as tendências atuais que se apresentam nesse processo de mudança em que a saúde se encontra.
Diante das atuais tendências e exigências do setor saúde, que retoma a vigilância a saúde como fio condutor de suas ações, faz-se necessário capacitar, atualizar e buscar aperfeiçoamento dos profissionais que atuam na saúde pública dentro desta perspectiva. Compreende-se vigilância a saúde como uma prática sanitária que organize um processo de trabalho em saúde com condições de confrontar problemas continuamente em um território determinado, fundamentando-se na epidemiologia e em conhecimentos das ciências sociais que permitam subsidiar a atenção à saúde do individuo e da coletividade. Além disso, na perspectiva de descentralização da gestão, todo profissional de saúde deve estar apto para assumir a gerência das unidades básicas onde atuam e para tanto devem adquirir conhecimentos que os capacitem para este cargo. O curso propõe ser um espaço dinâmico de discussão e aprimoramento, integralizando as atuais tendências da assistência com o cotidiano da prática dos profissionais que atuam ou irão atuar nas unidades de saúde, desde o planejamento, organização até a execução de ações da saúde.



Objetivos

O curso tem por finalidade formar especialistas, para atuarem na gestão das unidades básicas de saúde e na assistência à saúde da população, de acordo com a proposta de descentralização e distritalização do setor. Tem por objetivos:

2.1. Geral

Proporcionar ao profissional de saúde condições para aprofundar saberes específicos de planejamento das ações em saúde e aprimorar a sua competência técnico – administrativa de forma flexível diante das atuais demandas e tendências do setor saúde.

2.2. Específicos

  • Possibilitar o exercício do planejamento, execução e avaliação das ações de saúde nas unidades básicas;
  • Instrumentalizar o profissional de saúde para o desenvolvimento de uma abordagem clínico-epidemiológica, tendo como referência o contexto sócio-político e cultural da clientela;
  • Incentivar reflexões e discussões ético-críticas frente aos modelos de assistência de saúde vigentes, a fim de proporcionar uma organização de serviços voltados para uma melhor qualidade de vida da população;
  • Capacitar o profissional para o planejamento de ações sanitárias fundamentadas na vigilância à saúde;
  • Promover o desenvolvimento de habilidades pedagógicas que possibilitem ao profissional a atuação eficaz em processos de educação em saúde.

Enfermagem em estomaterapia


O que é estomaterapia? 

A estomaterapia, desde 1980, é uma especialidade - pós-graduação latu sensu - da prática da enfermagem, voltada para o cuidado de pessoas com estomias, feridas agudas e crônicas, fístulas, drenos, cateteres e incontinências anal e urinária.


Como se tornar um ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA? 

O ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA deverá realizar especialização em Enfermagem em Estomaterapia em cursos com abrangência em todas as áreas da especialidade, reconhecidos pelos órgão nacionais de educação, pela SOBEST e credenciados pelo WCET.

A titulação visa oferecer ao enfermeiro pós-graduados em estomaterapiaa a oportunidade de receber um "selo" de qualidade.

ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA TiSOBEST 
TiSOBEST é um título concedido, única e exclusivamente, pela SOBEST,  renovável a cada 6 anos,  cujas normas foram criadas pelo conselho científico e aprovadas em Assembléia Geral Ordinária.

A titulação visa oferecer ao enfermeiro estomaterapeuta a oportunidade de receber um "selo" de qualidade.

São duas as etapas necessárias para a obtenção mesmo:


Primeira: realização de especialização em Enfermagem em Estomaterapia em cursos com abrangência em todas as áreas da especialidade, reconhecidos pela SOBEST e credenciados pelo WCET. 

Segunda:
 aprovação no concurso de títulos (currrículo) e prova, realizado pela SOBEST. A aprovação poderá ocorrer somente com currículo, caso atenda a nota mínima necessária. Para aqueles que não possuem um currículo suficiente para obtenção de nota mínima, deverão ser submetidos a prova de conhecimento teórico nas áreas de estomias, feridas, incontinências para complementar.

Enfermagem Home Care

Conceito

Health care worker assisting patient.
Home Care é uma especialização na área da saúde com uma visão bem diferente da hospitalocêntrica: ao invés do paciente ir até o hospital ser tratado, os profissionais de saúde vão até sua casa tratá-lo.

Vantagens

  • O paciente é tratado fora do hospital e em contato com a família. Isso é bom, uma vez que o ambiente hospitalar, pra muitos, não é confortável e causa estresse;
  • O paciente fica menos exposto aos riscos infectológicos existentes no âmbito hospitalar;
  • Melhora a "autonomia" do paciente;
  • Melhora a "privacidade" do paciente.

Público alvo

Pacientes com patologias estáveis, quase sempre portadores de doenças crônicas, como doenças neurológicas degenerativas e músculo-esqueléticas.Porem, o home care nao pode ser visto apenas como uma alternativa para pacientes cronivos ou idosos, o home care deve ser visto como uma alternativa de internamento para todas as idades e patologias, contanto que o paciente esteja estavel.

Cuidados dispensados aos pacientes domiciliares

O paciente recebe um tratamento similar ao dado em um hospital, com toda estrutura necessária para sua estabilidade no ambiente doméstico, como sonda, catéter, soroterapia, oxigenoterapia, dentre outros. É traçada uma rotina para o cuidado ao paciente envolvendo todas as suas necessidades básicas e avançadas. É um trabalho interdisciplinar e pode envolver médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos, fonoaudiologos, nutricionistas, fisioterapeutas, dentre outros.

Importância da Home Care

O aumento da expectativa de vida nos últimos anos tem acarretado para o Brasil uma população cada vez mais idosa. O problema não é envelhecer, mas evelhecer sem qualidade. O Brasil não está se desenvolvendo paralelamente à população e isto está causando uma população idosa e sem saúde. A superlotação dos serviços de saúde é consequencial, assim como os problemas previdenciários. A Home Care vem auxiliar no tratamento aos pacientes crõnicos e estáveis, e um dos objetivos é tirar o paciente do hospital, sendo que ele pode ser tratado em casa. É menos custoso para o Serviço Público e menos incômodo para o paciente, que poderia passar meses ou anos num hospital, já que sua doença é crônica e/ou degenerativa.


Domiciliar Enfermagem - Home Care

A Domiciliar Home Care surgiu como mais uma opção de atendimento para pacientes que superaram a fase aguda da sua doença, mas ainda necessitam de cuidados. Nossa equipe está preparada para atender toda e qualquer patologia no domicílio, desde que, o quadro do paciente permaneça estável. Hoje a família já tem a possibilidade e os recursos necessários para tratar seu doente em casa sem precisar se deslocar até um hospital. Só assim, se consegue otimizar tempo e uma significativa redução nos riscos de infecção.

Auditoria em enfermagem

      
          A Auditoria de Enfermagem, hoje em dia, é primordial para o Paciente, os Hospitais, Empresas de Medicina de Grupo, Empresas de Autogestão e Planos de Saúde.
Cabe ao profissional de enfermagem, ao trabalhar no campo da auditoria, estar atento às principais questões que envolvem tal atividade.
No dia a dia do exercício profissional não é raro observar o profissional de enfermagem envolto na análise de contas médicas hospitalares com a sua visão focada nos números, observando a quantidade de material e medicamentos utilizados e nos valores que os mesmos apresentam para a instituição em que trabalha.
O foco de sua atenção está constantemente voltado para os dados numéricos que a conta mostra e inadvertidamente por já estar condicionado ao tipo de trabalho que realiza quase de modo automático, esquece-se do principal: a capacidade do funcionário que trabalha na Instituição Hospitalar e que cuida constantemente do paciente que ali está internado ou realizando exames.
A má formação escolar, a ausência de conhecimentos elementares e básicos para um bom exercício da atividade do cuidar, a má prática diária e a má percepção dos fatos e situações que se apresentam a todo o momento na atividade diária de uma instituição hospitalar, podem levar a situação acima descrita (o excesso de gastos).
O profissional de enfermagem tem que estar atento acima de tudo à qualidade dos cuidados prestados ao paciente pelo hospital ou clínica credenciado pelo plano de saúde ou de medicina de grupo. Quando os números mostram que há excessos de gastos há que se estar atento para os cuidados de enfermagem prestados pela instituição hospitalar credenciada. É de conhecimento de todos que atuam na área de auditoria de enfermagem, que 60% dos gastos de uma conta hospitalar refletem os cuidados de enfermagem.
Profissionais mal treinados, mal orientados, sem conhecimentos das técnicas básicas de enfermagem quanto aos cuidados rotineiros aos pacientes, tais como: medicação, curativos, deambulação, mudança de decúbito, tricotomia, plano de cuidados, fazem com que estes custos e gastos tenham aumento significativo para os planos de saúde. Mas não podemos esquecer do principal ponto gerador de todos estes procedimentos: O PACIENTE. Quais os reflexos negativos que uma enfermagem mal preparada e mal treinada traz para o mesmo? São muitos os agravos que podem resultar de um atendimento inadequado por parte da equipe de enfermagem: aumento do tempo de internação, seqüelas de cuidados de enfermagem inadequados ou errados ou até mesmo óbito. Portanto, cabe aos enfermeiros (as) estarem atentos (as) e atualizados com as mais recentes técnicas de cuidados de enfermagem. Seus subordinados (técnicos e auxiliares) devem ser treinados, reciclados e avaliados periodicamente quanto às técnicas de enfermagem diárias, desde o simples ato de se lavar as mãos até os procedimentos de grau de execução mais complexos.
E quanto ao profissional Enfermeiro Auditor que ao deparar-se com uma fatura hospitalar em que, segundo a sua opinião, o gasto com material e medicamentos está muito alto, deve fazer uma visita à instituição, que acabou de auditar retrospectivamente, procurando conhecer as técnicas e rotinas de enfermagem que ali são executadas.
Saber qual o grau de formação dos profissionais de enfermagem, quais os protocolos existentes, número de profissionais de enfermagem envolvidos diretamente com o cuidado do paciente.

Enfermagem em pediatria

É o ramo da medicina que estuda os problemas da criança desde o nascimento até a puberdade.

Recém-nascidos (RN)
O recém nascido é classificado, segundo a sua idade gestacional, da seguinte forma:

RN Pré-Termo
É a criança nascida em um período inferior a 37 semanas de gestação, que apresenta as seguintes características:
-  Estatura geralmente inferior a 47 cm.
-  Peso geralmente inferior a 2.500 kg(o RN a termo que apresenta este mesmo peso é chamado de PIG- pequeno para a idade gestacional).
-  Edema ocular intenso.
-  Membros compridos em relação ao corpo.
-  Excesso de lanugem.
-  Ausência de vérnix caseoso.
-  Testículos geralmente ausentes da bolsa escrotal.
-  Intenso edema dos grandes lábios.
-  Predisposição á infecções.
-  Reflexos deficientes.
-  Insuficiência respiratória grave, por formação da membrana hialina e ausência de substância surfactante dentro dos alvéolos.
-  Predisposição á hemorragias
.

RN a Termo
É a criança nascida entre 38 a 40 semanas da gestação, que apresenta as seguintes características
-  Vérnix caseoso (substância gordurosa e esbranquiçada que recobre o corpo para proteção da pele.
-  Milia sebácea(pequenos pontos de acúmulo de gordura na pele sempre localizados na face.
-  Manchas Mongólicas(manchas azuladas que aparecem geralmente na região glútea, podendo diminuir ou perdurar por toda a vida.
-  Lanugem (pelos finos e felpudos que recobre, todo o corpo e desaparecem após o primeiro mês de vida.
-  Fontanelas (partes moles existentes entre os ossos do crânio e que se fecham com o decorrer do crescimento) as fontanelas deverão apresentar-se planas.
-  A cabeça é grande em relação ao corpo (sendo o perímetro cefálico de 33 á 35 cm normal), pode ocorrer uma sobreposição dos ossos do crânio, devido a uma adaptação ao canal de parto, voltando a posição normal logo nas primeiras horas de vida.
-  Bossas (saliências no couro cabeludo, que ocorrem devido a pressões sofridas pelos tecidos durante o trabalho de parto), podem ser edemas ou hematomas que desaparecem na primeira semana.
-  Tórax (podem apresentar tumefação dos mamilos)
-  O abdômen apresenta-se abaulado pelo aumento fisiológico do fígado e baço.
-  Membros curtos em relação ao corpo.
-  Reflexo de moro (hiperextenção dos quatro membros, seguida de flexão).
-  Freqüência cardíaca(FC) em média de 140 bat/min.
-  Freqüência respiratória  (FR) de 30 a 60 respiração/min, caracteriza-se por ser uma respiração abdominal superficial.
-  P.A aproximadamente de 80 x 40 mmHg.
-  O cordão umbilical possuem  2 artérias e 1 veia.
-  Instabilidade térmica (queda de temperatura caso não seja corretamente aquecido)
.

RN Pós Termo
É a criança nascida após 41 semanas de gestação, que apresenta as seguintes características:
-  Deslocamento quase total do vérnix caseoso.
-  Pele enrugada.
-  Pouca lanugem.
-  Variação da FC por estar entrando em sofrimento fetal
.


Cuidados de Enfermagem:
-  Manter a isolete ligada, mesmo em desuso.(devido ao tempo que uma isolete leva para atingir a temperatura ideal, é preciso que se tenha sempre uma outra ligada para receber as urgências).
-  Observar a presença de tomadas adequadas para cada tipo de plug,abservar também a voltagem adequada e em caso de alteração comunicar a manutenção.
-  Não permitir que o fio fique tracionado para não danificar nem desligar a isolete involuntariamente.
-  Manter a higiene rigorosa do interior e exterior da isolete usando água e sabão neutro para a limpeza,jamais usando produtos voláteis, tais como álcool, éter e benzina.
-  Não riscar, não colocar objetos nem cobrir a tampa acrílica, pois ela foi feita com este material para permitir que se visualize o RN.
-  Verificar o encaixe perfeito da bandeja interna.
-  Verificar a validade do filtro de ar.
-  Verificar o funcionamento do termômetro e dos alarmes, sendo que a temperatura ideal de uma isolete é entre 36 a 37 graus.
-  Abrir as janelas laterais somente se houver necessidade de manuseio do RN, lembrando que sempre que ela for aberta, perderá calor resfriando o RN.
-  Lembrar que o RN não será ouvido quando estiver dentro da isolete, o que exigirá atenção constante da equipe de enfermagem para observar suas condições.
-  Manter a isolete em local de fácil alcance visual.

Observação :atualmente foi abolido o uso de líquidos nos compartimentos internos da isolete, por transformarem-se em meios de cultura de bactérias.